O Pequeno Bombeiro
Conta-se que uma mãe, com apenas 26 anos, parou ao lado do leito do filhinho de 5 anos, que estava morrendo de leucemia. Embora o coração dela estivesse pleno de tristeza e angústia, ela nutria forte sentimento de determinação. Como qualquer outra mãe, ela gostaria que o filhinho crescesse e realizasse seus sonhos. Agora, isso não seria mais possível, por causa da leucemia terminal. Mas, mesmo assim, ela ainda queria que o sonho do filho se transformasse em realidade.
Ela tomou a pequenina mão de seu menininho e perguntou:
- Gil, filhinho, o que você quer ser quando crescer? Você já sonhou o que gostaria de fazer com sua vida?
O pequeno Gil olhou para as paredes do quarto, para o teto, pensou, deu um sorriso fraco, um suspiro profundo e disse:
- Mamãe, quando eu crescer, eu vou ser bombeiro.
A mãe sorriu e animou-o:
- Vamos ver se podemos transformar esse sonho em realidade.
Aquela mãe, mais que depressa, saiu do hospital feito um furacão, foi ao corpo de bombeiros local, onde se encontrou com o chefe, um bombeiro de enorme coração, chamado Pedro. Ela explicou a situação do filho, seu último desejo e perguntou se seria possível dar com ele uma volta no carro dos bombeiros em torno do quarteirão do hospital. O bombeiro Pedro, que “olhava para dentro”, deu um alento:
- Veja, EU POSSO FAZER MAIS DO QUE ISSO! Se a senhora permitir, amanhã de manhã nós buscaremos o Gil e ele será bombeiro honorário por um dia. Ele poderá vir para o quartel, assistir a palestras, treinamentos, comer conosco e sair para atender as chamadas de incêndio! E se a senhora nos der as medidas das roupinhas dele, nós conseguiremos um uniforme verdadeiro para ele, com capacete com o emblema de nosso batalhão, um casaco amarelo igual ao que vestimos e botas também. Eles são todos confeccionados aqui mesmo na cidade e conseguiremos isso rapidamente.
Três dias depois, o comandante Pedro, “que olhava para dentro”, pegou o garoto, vestiu-o em seu uniforme de bombeiro e escoltou-o do leito do hospital até o caminhão dos bombeiros.
AT Auto Tanque do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro
O pequeno Gil ficou sentado na parte de trás do caminhão, e foi levado até o quartel central. Ele estava no céu.
Ocorreram três chamados naquele dia e o pequeno Gil acompanhou todos os três. Em cada chamada, ele foi em veículos diferentes: no caminhão tanque, no carro do Siate e até no carro do chefe do corpo de bombeiros. Ele também foi filmado pelo programa de televisão
local.
ABT Auto Bomba Tanque do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro
ABSL Auto Busca e Salvamento Leve do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro
Tendo seu sonho realizado, todo o amor e atenção que foram dispensados a ele acabaram por tocá-lo, tão profundamente que ele viveu três meses mais do que os médicos haviam previsto.
Uma noite, todas as suas funções vitais começaram a cair dramaticamente e a enfermeira-chefe, que também “olhava para dentro” e acreditava no conceito de que ninguém deveria morrer sozinho, começou a chamar ao hospital toda a família. Então, ela lembrou o dia em que Gil tinha passado como um bombeiro, e ligou para o chefe e perguntou se seria possível enviar algum bombeiro para o hospital naquele momento de passagem, para despedir-se de Gil. O chefe dos bombeiros respondeu: - EU POSSO FAZER MAIS DO QUE ISSO! Nós estaremos aí em cinco minutos. E faça-me um favor: Quando você ouvir as sirenes e vir as luzes de nossos carros, avise no sistema de som do hospital que não se trata de um incêndio. É apenas o corpo de bombeiros indo visitar, mais uma vez, um de seus mais distintos integrantes. E você poderia abrir a janela do quarto dele. Obrigado!
Dali cinco minutos, não mais, uma van e um caminhão com escada Magirus chegaram ao hospital, estenderam a escada até o andar onde estava o pequeno menino
e 16 bombeiros, juntamente com o chefe, subiram pela escada até o quarto de Gil. Com a permissão da mãe, eles o abraçaram e seguraram e falaram para ele o quanto eles o amavam. Com um sopro final, Gil olhou para o chefe e quis certificar-se:
- Chefe, eu sou mesmo um bombeiro?
- Gil, você é um dos melhores! - exclamou o chefe.
Com essas palavras, o pequeno Gil deu um sorriso fraco e fechou seus olhos pela última vez. E foi para o céu como um bombeiro muito feliz.
Bombeiros (CBMERJ) em solenidade
Essa história é verídica e aconteceu nos Estados Unidos e foi televisionada para toda a América.
Reflitamos: Todos podemos fazer um pouco mais! Por nosso próximo que está precisando de uma palavra de apoio, de um amparo. Por nossa comunidade, por nossa cidade, por nosso país, por nosso mundo. E não precisam ser grandes ações. Pequeninos gestos de atenção e gentileza podem causar grandes transformações! Pense nisso!
Dedicamos esta linda mensagem e as fotos (fonte site da CBMERJ) aos nossos Bombeiros do Rio de janeiro e a todos os Bombeiros do Brasil e do mundo que trabalham com amor e dedicação.
Sirlene C. Costa
Conheçam o site dos bombeiros de nosso estado é muito interessante. Os bombeiros merecem todo o nosso carinho!
http://www.cbmerj.rj.gov.br
Esse conto é muito belo. Todas as vezes que o leio fico muito emocionada. Já o li para meus alunos e sempre que tenho oportunidade lei-o novamente.
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